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Cooperativismo impulsiona piscicultura e mostra caminhos para superar desafios do setor

16/09/2025 19:49:55 Compartilhar:
Cooperativismo impulsiona piscicultura e mostra caminhos para superar desafios do setor

O painel das cooperativas realizado na manhã do dia 2 de setembro, durante o IFC Brasil 2025, em Foz do Iguaçu (PR), mostrou como o cooperativismo tem se consolidado como pilar estratégico da piscicultura paranaense e brasileira. Reunindo lideranças de importantes cooperativas do estado, a mesa de debates destacou a relevância do modelo associativista para garantir escala, sustentabilidade, geração de renda e sucessão familiar, ao mesmo tempo em que apontou os desafios e as oportunidades do setor em um cenário internacional marcado pelo tarifaço de 50% imposto às exportações de pescado brasileiro para os Estados Unidos, principal mercado do produto.

A sétima edição do IFC Brasil foi realizada nos dias 02, 03 e 04 de setembro de 2025, em Foz do Iguaçu – PR. Reuniu mais de 2.500 participantes, feira de tecnologias e negócios com mais de 100 marcas de empresas, incluindo companhias dos Estados Unidos e da Espanha, 52 conferencistas de 7 países, mais de 30 horas de conteúdo e um congresso com temas de conjuntura, estratégia, organização da cadeia produtiva e mercado.

A mediação foi conduzida por José Roberto Riquem, presidente da OCEPAR – Organização das Coopertivas do Estado do Paraná - que ressaltou o reconhecimento internacional do cooperativismo e sua missão de organizar economicamente os produtores, garantindo autonomia por meio da renda. Ele lembrou o pioneirismo da Copacol, que iniciou sua atuação em piscicultura em 2007, e destacou que hoje a atividade se tornou um dos principais produtos de cooperativas em todo o país.

Na sequência, Alexandre, representante do Sistema Ocepar, apresentou dados que dimensionam a força do setor: o Paraná reúne 227 cooperativas, sendo 62 agropecuárias, com mais de 4 milhões de cooperados, 150 mil empregos diretos e um faturamento superior a R$ 150 bilhões. No campo das proteínas animais, as cooperativas respondem por 45% da produção estadual, e na piscicultura já são responsáveis por 32% da produção paranaense, com cerca de 70 mil toneladas de tilápia. Alexandre reforçou que o tarifaço norte-americano exige reorganização do setor e diversificação dos mercados, além de estimular o consumo interno.

As falas dos presidentes das cooperativas ilustraram como o modelo cooperativo se traduz em resultados concretos. Néstor José Brown, da Copacol, relembrou a entrada da cooperativa na piscicultura em 2007 e destacou que hoje já são 305 cooperados na atividade, com a meta de alcançar R$ 1 bilhão de faturamento em tilápia até 2028. Segundo ele, a diversificação das propriedades garante valor agregado, renda e sucessão familiar.

Anderson Leon Sabadim, da Primato, relatou que a cooperativa entrou recentemente no setor, adquirindo em abril de 2025 um frigorífico que já abate 25 mil tilápias por dia, com previsão de expansão. Ele enfatizou a importância da piscicultura para pequenos produtores de 5 a 10 hectares, que encontram nessa atividade uma oportunidade de fixar os filhos no campo e dar continuidade ao trabalho familiar.

Já Dilvo Grolli, da Copavel, ressaltou que o cooperativismo deixou de ser apenas cerealista e passou a agregar valor, tornando-se protagonista na produção de proteína animal. Ele lembrou que as cooperativas já respondem por mais de 30% da produção de tilápia no estado, fortalecendo a economia e mostrando que o futuro está em estratégias de diversificação, agregação de valor e distribuição de renda.

Também participaram Paulo Poggeri, da Sevali, e Jair Mayer, da Lar Cooperativa, que reforçaram o papel do modelo cooperativo em oferecer escala produtiva, suporte técnico e acesso a mercados, ao mesmo tempo em que garantem sustentabilidade econômica e social aos produtores.

O painel evidenciou que o cooperativismo é hoje a espinha dorsal da piscicultura paranaense, responsável por estruturar a atividade, profissionalizar os produtores e integrar o setor à economia regional e nacional. Mesmo diante do tarifaço norte-americano, as lideranças destacaram que o desafio pode se transformar em oportunidade para ampliar o consumo interno e diversificar mercados externos, garantindo que a piscicultura siga crescendo de forma sustentável e competitiva.

Apoio e patrocínios:

A 7ª edição do IFC Brasil – International Fish Congress & Fish Expo Brasil é correalizada pela Fundep (Fundação de Apoio ao Ensino, Extensão, Pesquisa e Pós-graduação), Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), UFPR (Universidade Federal do Paraná) e a sua Fundação, a Funpar. O IFC Brasil 2025 tem o patrocínio do IFPR (Instituto Federal do Paraná), do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), da Itaipu Binacional, da Copel (Companhia Paranaense de Energia), do Governo do Paraná, do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Caixa Econômica Federal, Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), MPA (Ministério da Pesca e Aquicultura) e Governo Federal.

Apoiam o IFC Brasil a ABIPESCA (Associação Brasileira das Indústrias de Pescados), PEIXE BR (Associação Brasileira da Piscicultura), Unila (Universidade Federal da Integração) e Sistema Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná).

Sobre a ApexBrasil:

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) atua para promover produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. Para alcançar os objetivos, a ApexBrasil realiza ações diversificadas de promoção comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros no exterior, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira, entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil.

A Agência também atua de forma coordenada com atores públicos e privados para atração de investimentos estrangeiros diretos (IED) para o Brasil com foco em setores estratégicos para o desenvolvimento da competitividade das empresas brasileiras e do país."

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